Fevereiro é o mês de conscientização e prevenção sobre três doenças: a fibromialgia, a lúpus e o Alzheimer. Hoje, iremos aprender um pouco mais sobre a fibromialgia.
Fibromialgia é uma síndrome comum, na qual a pessoa sente dores por todo o corpo durante longos períodos, com sensibilidade nas articulações, nos músculos, tendões e em outros tecidos moles. Junto com a dor, a fibromialgia também causa fadiga, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e ansiedade.
Embora esta síndrome seja desconhecida em tempos contemporâneos ela já era pauta dos cientistas desde de 1980 na área de reumatologia, englobando no ano 2000 a neurociência na qual por meio de uma Ressonância Magnética Funcional, foi possível detectar a reação exagerada do cérebro a estímulo dos neurotransmissores de dor, como a substância P (de “pain, “dor” em inglês), os cientistas observaram que os pacientes com essa síndrome tem maior quantidade desta substância, por isso o cérebro de quem tem fibromialgia processaria a dor de maneira exagerada.
Uma pessoa fibromiálgica consegue viver normalmente, sem demonstrar que está passando por um ciclo de dor. Quando está habituado à dor, então, vive seu cotidiano aparentemente sem sentir nenhum desconforto, o que motiva a descrença por parte de quem convive com ele.
Em geral essa síndrome é confundida pelos médicos com LER (lesões por esforços repetitivos), Asma, depressão, esgotamento físico, lupus, pois os exames não revelavam nada: nenhuma lesão muscular, nenhuma inflamação. O paciente peregrina de clínicos para reumatologistas até, enfim, chegar a um psicólogo, e muita das vezes ser convencido de que a dor só existia na sua imaginação, sendo um problema psicológico.
O primeiro indício de fibromialgia é uma dor localizada que persiste e, com o tempo, evolui e se alastra para tornar-se difusa, assemelhando-se à dor que toma o corpo todo após uma gripe forte. Normalmente a dor surge sem motivo, mas às vezes pode ser desencadeada por traumas psicológicos, físicos, lesão ou infecções.
No Brasil aproximadamente 5 milhões de pessoas são diagnosticadas com essa síndrome, sendo as mulheres o maior número de diagnósticos, A fibromialgia não é considerada uma doença curável. Há casos em que os sintomas diminuem consideravelmente, chegando a quase desaparecer, mas há outros em que será necessário fazer controle por toda a vida.
Diagnósticos
O diagnóstico é realizado por descarte onde o paciente é submetido a vários exames para descartar a possibilidades de outras doenças como reumatismo, lúpus, apneia por exemplo, o laudo em geral é realizado por um reumatologista ou neurologista com especialidade em coluna, no qual realiza alguns exames dentro do consultório médico para indicar o tratamento da síndrome.
Tratamento
A pessoa diagnosticada com fibromialgia faz uso de medicamentos contínuos para reduzir os sensores cerebrais de dor, psicoterapia para a redução do estresse podem auxiliar no controle dos sintomas, a prática de atividade física orientada ajuda na regeneração muscular, reduzindo os impactos dolorosos da síndrome.
Fonte da Pesquisa: BBC & UOL | Dr. Drauzio Varella
Texto: Luan Neves
Revisão: Karolina Freitas
15/02/2021 - 09:45